Crop agronomist explains to farmers how the Fall Armyworm has taken advantage of climate change to attack maize fields.

AKDN

Trigo resistente à seca


O centro de investigação também está na fase final do projeto de aumento da produção de trigo nas terras altas, para além do incremento da produção nas zonas de altitude média. Isto deve-se em parte ao facto de os terrenos nas terras altas não serem facilmente aráveis de forma mecânica e existirem mais terrenos disponíveis em altitudes mais baixas, entre os 1.000 e os 1.500 metros acima do nível do mar.


Stephen Wobibi, técnico sénior de zootecnia, diz que as variedades candidatas estão a ser testadas para determinar a sua adequação às condições semiáridas e a sua tolerância ao calor.


"Os resultados são impressionantes e devemos poder divulgá-los aos agricultores em breve", diz.


O problema no Uganda continua a ser o alto volume de importações que equivalem a 95% dos produtos disponíveis no mercado.


Silvicultura sustentável


Com estudos recentes a sugerir que a cobertura florestal tem diminuído no Uganda, com o país a perder cerca de 90.000 hectares entre 1990 e 2010, existem esforços renovados para a plantação de árvores mais novas.


A World Agroforestry (ICRAF), que esteve entre os expositores, apresentou as melhores práticas que podem garantir a segurança alimentar e a sustentabilidade ambiental, tendo em exposição árvores favoráveis.


O ICRA promove aquilo a que chama árvores produtivas, que são mais resistentes e lucrativas, tendo em conta a saúde do solo, dos terrenos e das pessoas.


Geoffrey Kimenya, especialista em agrossilvicultura, observou que é importante plantar árvores levando em consideração o tipo de ambiente no sentido de obter melhores resultados.


Finanças no centro da agricultura


Todas as boas práticas agrícolas podem revelar-se em vão se não houver financiamento. No entanto, o Uganda oferece hoje mais plataformas para os agricultores terem acesso ao financiamento.


O Mecanismo de Crédito Agrícola (ACF) do Banco do Uganda é uma ferramenta essencial que os agricultores podem utilizar para dar um impulso às suas práticas agrícolas.


O ACF ficou finalizado em Outubro de 2009 e tem como objetivo facilitar a prestação de financiamento de médio e longo prazo a projetos de Agricultura e Agroprocessamento, com especial atenção para a comercialização e adição de valor, e permitir aos agricultores uma maior liberdade financeira.


A Diretora de Análise Orçamental do Banco do Uganda, Sarah Mubuke Nantongo, destaca que o ACF tem em conta as alterações climáticas, oferecendo um período de carência de três anos e um período de empréstimo de até oito anos.


"Uma pessoa precisa de um empréstimo para transformar a sua agricultura, especialmente em alturas como esta em que o clima é altamente imprevisível", disse Mubuke. O ACF está disponível em todas as instituições de microfinanciamento de captação de depósitos e instituições de crédito.